Na política departamentalizada tal qual se constituiu a Universidade, caminhamos, em pleno
século XXI, mais na direção da individuação de nossas disciplinas do que de uma estratégia
que nos aponte a singularidade de nossas conexões na construção de territórios pertinentes à vida.
Uma micropolítica da transversalidade dos saberes em sua qualidade estética impõe a resistência
ao pensamento segmentarizado em disciplinas, onde cada qual reclama para si uma verdade
unitária. Trata-se de subverter a lógica que herdamos do pensamento hegemônico fundador da
Universidade moderna através da mistura dos saberes e suas sensibilidades. É necessário
operar por agenciamentos estéticos para o exercício de uma resistência criativa frente à mera
reprodução de teorias desconexas dos modos de vida no contemporâneo. Territórios vivos
devem, na micropolítica dos afetos, apontar para a composição de mapas móveis, que coloquem
a tarefa de desconstrução sempre como devir necessário às Humanidades.
Número ISBN: 978-85-7856-216-8
Patrícia Oliveira Lira; Taciano Valério Alves da Silva (Orgs.)
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